Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pilates ajuda a combater osteoporose.


Dores nas articulações e fraturas constantes. Esses são os sintomas da osteoporose, doença silenciosa caracterizada pela perda de massa óssea e diminuição da resistência mecânica dos ossos. Dados de 2013 revelam que os riscos de quebrar um osso, por exemplo, em virtude da baixa densidade óssea, são muito maiores entre as pessoas com mais de 50 anos.
Nessa fase, a atividade física se torna fundamental para a prevenção de doenças desse tipo. E sabe qual é a modalidade mais indicada para ajudar a prevenir e estabilizar a osteoporose? O Pilates! Segundo a fisioterapeuta Aline Marbim, 30, o Pilates favorece e estimula a remodelagem óssea, através dos exercícios de tração e tensão. “Esse é o principal fator de recompensa para o idoso. Ao mesmo tempo, conseguimos a melhora no tônus, no equilíbrio, na flexibilidade, na postura e na consciência corporal. Isso reduz as chances de queda e os riscos de fratura”, explica Aline.
Os principais fatores de risco da osteoporose são o sedentarismo, o tabagismo, a genética, a falta de cálcio e a deficiência hormonal. Por isso, a prática do Pilates é recomendada mesmo antes da terceira idade, agindo de forma mais efetiva na prevenção. Os exercícios equilibram os músculos e melhoram o posicionamento corporal, além de contribuir para a oxigenação e aliviar a ansiedade e o estresse.
A professora Célia Moreira, de Niterói (RJ), tem 64 anos e um diagnóstico de osteoporose e osteopenia. Ela faz Pilates duas vezes por semana, há seis meses. “Meu ortopedista me recomendou o Pilates há anos, mas só agora resolvi fazer, por conta do tempo. Minha filha, que é atleta, me apresentou à Aline. Fiz uma aula experimental e nunca mais parei. Meu médico quer que eu aumente a frequência. Adoro!”, conta a aluna.
Os pacientes com osteoporose podem sentir dificuldades na hora do exercício físico, como dores nos joelhos, nos punhos e na coluna, em casos de deformidades ósseas. Porém, a fisioterapeuta garante que não há qualquer contra indicação para o Pilates na terceira idade. “O profissional responsável faz uma análise inicial, avaliando as condições de saúde do paciente, além de força, flexibilidade, suas limitações e qual a real necessidade de praticar uma atividade física”, afirma.
Os exercícios mais recomendados são aqueles de baixo impacto, para o fortalecimento dos membros inferiores e superiores e músculos estabilizadores da coluna. E os benefícios são visíveis. “Me sinto mais animada, mais bem disposta. Minhas costas não incomodam mais e estou mais ágil, rápida, com mais resistência. Minha postura também melhorou muito, o que foi importante porque tenho osteoporose na lombar. A professora enfatiza tanto a postura que você sai da aula levando isso para o dia a dia”, comenta a aluna Célia.
Além da osteoporose, outros problemas típicos da terceira idade, como a artrose e a artrite reumatóide, também são tratados com Pilates. A regra é fazer exercícios, se alimentar bem e ter disposição. “Você sente certa limitação, mas a dica é não se deixar abater. O corpo é uma máquina que você precisa colocar sempre em manutenção. Ou seja, ir sempre ao médico, se alimentar bem e fazer o que te faz feliz”. No dia internacional do idoso, fica a dica da Célia!

Manipulações torácicas no tratamento da dor cervical.


   A manipulação espinhal é uma das terapias mais frequentes utilizadas para o tratamento de disfunções cervicais. A técnica de manipulação cervical já foi amplamente estuda a fim de se avaliar sua eficácia no controle da dor local, com o reequilíbrio na sua biomecânica, bem como nas regiões adjacentes. Porém, pesquisas demonstram o risco de lesões da artéria vertebral após aplicação de manipulações neste segmento da coluna, tendendo ao abandono desta e substituição pela manipulação torácica, que apresenta resultados semelhantes e sem riscos. Essa escolha pela manipulação torácica é explicada pela relação anatômica, biomecânica e nervosa entre a coluna cervical e torácica, sendo que disfunções na mobilidade articular torácica podem promover alterações na coluna cervical, da mesma forma que essas podem repercutir em disfunções da ATM, por exemplo. Há uma relação neurológica da coluna torácica com a divisão simpática do sistema nervoso autônomo, sendo que os doze segmentos da medula espinhal torácica originam fibras nervosas simpáticas pré-ganglionares que saem por seus canais intervertebrais e fazem sinapse no gânglio simpático da cadeia lateral. Desse modo, a inervação simpática de todos os músculos e vísceras que se situam acima do diafragma se origina nos primeiros quatro ou cinco segmentos torácicos. Além disso, alguns estudos já relatam que os efeitos biomecânicos gerados pela manipulação em um segmento vertebral podem influenciar outros segmentos adjacentes. Efeitos esses comprovados através da avaliação da atividade eletromiográfica das estruturas adjacentes. Por isso, a coluna torácica é a região mais frequentemente manipulada na prática clínica, por apresentar inúmeros benefícios clínicos, tais como redução de dor, melhora das disfunções, postura e amplitude de movimento cervicais e benefícios nas disfunções do ombro e ATM. Existem evidências científicas na prática de manipulação torácica para resultados em curto prazo. Porém, alguns autores sugerem que um tratamento incompleto, ou seja, aplicação de uma única técnica isolada pode ser pior do que nenhum tratamento.