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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Manipulações torácicas no tratamento da dor cervical.


   A manipulação espinhal é uma das terapias mais frequentes utilizadas para o tratamento de disfunções cervicais. A técnica de manipulação cervical já foi amplamente estuda a fim de se avaliar sua eficácia no controle da dor local, com o reequilíbrio na sua biomecânica, bem como nas regiões adjacentes. Porém, pesquisas demonstram o risco de lesões da artéria vertebral após aplicação de manipulações neste segmento da coluna, tendendo ao abandono desta e substituição pela manipulação torácica, que apresenta resultados semelhantes e sem riscos. Essa escolha pela manipulação torácica é explicada pela relação anatômica, biomecânica e nervosa entre a coluna cervical e torácica, sendo que disfunções na mobilidade articular torácica podem promover alterações na coluna cervical, da mesma forma que essas podem repercutir em disfunções da ATM, por exemplo. Há uma relação neurológica da coluna torácica com a divisão simpática do sistema nervoso autônomo, sendo que os doze segmentos da medula espinhal torácica originam fibras nervosas simpáticas pré-ganglionares que saem por seus canais intervertebrais e fazem sinapse no gânglio simpático da cadeia lateral. Desse modo, a inervação simpática de todos os músculos e vísceras que se situam acima do diafragma se origina nos primeiros quatro ou cinco segmentos torácicos. Além disso, alguns estudos já relatam que os efeitos biomecânicos gerados pela manipulação em um segmento vertebral podem influenciar outros segmentos adjacentes. Efeitos esses comprovados através da avaliação da atividade eletromiográfica das estruturas adjacentes. Por isso, a coluna torácica é a região mais frequentemente manipulada na prática clínica, por apresentar inúmeros benefícios clínicos, tais como redução de dor, melhora das disfunções, postura e amplitude de movimento cervicais e benefícios nas disfunções do ombro e ATM. Existem evidências científicas na prática de manipulação torácica para resultados em curto prazo. Porém, alguns autores sugerem que um tratamento incompleto, ou seja, aplicação de uma única técnica isolada pode ser pior do que nenhum tratamento.


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